quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Lígia ( 2ª versão)
Águas 2010/Saúde Sorte Amor Paz
Iemanjá
pra celebrar mais um fim e mais um início
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Maçalê
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Baixo-astral
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Elis para Serginho Guerra
Elis, coisa de uma nação. Não é minha favorita.
Parabéns, meu amigo: 24 de dezembro! Navegue aqui neste blog - marca do meu estado alcoólico de poeta. Te amo.
E te peço: seja feliz!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Voo livre azul
Cântico Negro
Bethânia
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Como, pois, sereis vós
Ide! Tendes estradas,
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
fragmentos hilstianos
Muro
(I)
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Voa Coração
Um sorriso marítimo para habitar a vida
Flores do Mais
Ausência
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Virgínia Rodrigues
Reverência
Escrita Terapêutica
Chico Buarque: poesia ardósia nas páginas da Bravo
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Verão baiano
O sol bate na cara do mar: o verão se ratifica na Cidade da Bahia. Nessa Salvador que só tem sido o seu mar...
De uma fresta no tempo: o alcance
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Decisão
Falava em não
Voz certeira
Na audição do medo.
Era segredo e confusão.
Chegava bem cedo
E tão cedo partia.
Dançava sobre a grama do jardim
Quando se ia
Deixava a vida sem casa.
Dominava a natureza das cores
Como as flores - era beleza nos lugares
Diante daquela presença
Todos perante altares.
Força estridente do silêncio
Alameda do assombro
Morada da desilusão.
O que nasce para não ser
Não para o lado de cá;
Excesso de música
Para uma dança sem par.
Manancial da embriaguez
Promoção das vadiagens
Paisagem obtusa colorida
Falares faltosos - inverdade.
Olhava em sim
Falava em não
Desenhando o caminho
Único árido irrevogável;
Caminho do desapego
Desalinho da vontade.
Sem retorno
O olho do sim
A boca do não;
Sem a marca da coragem
A desértica decisão:
Adeus,
Nosso encontro é despedida.
Maria Bethânia: invasões no meu lugar
Aparto-me de mim na leveza de uma busca frutífera que nasce do sentido artístico do palco. Caminho descalço certo de encontrar o centro das muitas revelações e permanecendo em silêncio, agracio-me daquilo que ora água ora fogo me faz vicejar. Luz sobre os tempos da minha vida que amadurece; estou em frente ao movimento de uma paisagem quase humana que dança altiva serena severa docemente em escritos de uma cultura que sinto como minha. Ela brada seus ensinamentos numa inspiração ancestral - sua voz é o grave veículo que traz sentido, aponta norte, refaz caminhos, reitera, repete, insiste e assim, ensina. Brava dançarina do seu próprio desejo; mulher que desfia mistérios sendo o mais profundo de todos e é filha irmã amante amiga.
Aparto-me de mim solto no horizonte seguindo músicas e poemas; nada é tão distante e tão próximo deste meu eu desvelado: ela, espécie de culto entre carne e espírito, sagrado e profano, afago e agressão, fogo e água, expulsão e abrigo; paixão, entrega, inteligência, dúvidas, certezas, fé, amor, festa , recolhimento e, silêncio.
Aparto-me de mim com dezenas de canções na pele dominando o meu corpo, orientando meu gosto, me dando prazer. Cada nota no interno de mim revigora minha gustação da vida e eu sobrevivo da beleza dela. Nela meus instantes são criativos desenhando encontros da alma. Nela eu sou civlizatoriamente invadido e apreendo o criativo da palavra gerando possibilidades.
Uma saga sonora de dramas que me rasgam. Aprendi a amar ali e sofro quando o tema saudade desagua dela. Ela, inteira. Ela, intensa. Ela, nítida. Eu, quase.
Meu lugar não é meu mas meu abrigo é a sua voz. Réstias de muitas identificações - meu sonho azulado de menino - com as quais me recrio e me obrigo a expressões que me leve a uma vida mais verdadeira, ainda que muito solitária.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Cachoeira, Gal e Gilberto Gil: baratos totais (!)
Mestríssimo Gil
Márcia Short e basta!
Seu nome é Márcia Short. A voz surgida da Axé Music que muito nos traduz. Ela não é uma cantora da Bahia – é do Brasil. Ampla emissão que ecoa em nossos ícones, como Elis Regina. A moça, mãe de dois filhos, é luminosidade em seu canto potente, sua presença de diva, sua experiência de mulher negra na Bahia, filha de Oyá do Terreiro do Gantois, rainha em seu ofício de cantora.
Márcia é daqueles adjetivos que a gente simplifica e chama de magnânima. Se não estamos emporcalhados pelos ditames do novo mercadológico, estamos surdos e insensíveis quando não a consumimos e não a destacamos. Nós que parimos Maria Bethânia, Gal Costa, Virgínia Rodrigues e que emprestamos ao mundo o suingue criativo de Daniela Mercury (ventilação absoluta no nosso desgastado Carnaval) e Margareth Menezes – força negra reluzente na Bahia das musinhas brancas… Sobre isso, prefiro não comentar.
Ouçam e divulguem Márcia Short. Não tem segredo. O Maranhão deu ao Brasil Rita Ribeiro. A Bahia esconde de nós mesmos e deste país, Márcia Short. Não estou falando do que já passou, ou da Banda Mel. Falo de uma cantora gigante, linda, expressiva e inventiva. Uma cantora que põe platéias inteiras para cantar, dançar e chorar felizes e, sem dramas, relembrar de “velhos” repertórios ratificados como clássicos no brilho de beleza desta filha de Mãe Cleuza de Nanã.
Não aceito como musa o engodo comercial Cláudia Leitte. E ver calada, sem espaço mercadológico, a voz de Short, rejeitada pelo discurso racial enrustido: quem vende o carnaval baiano são as louras, mesmo que a música seja periférica e de matriz negra na capital baiana.
Márcia é uma das maiores cantoras brasileiras. A Axé Music revelou o seu potencial. Mas ela canta este repertório com maestria e vai além muito desta classificação; é um tipo mais contemporâneo de Baby Consuelo, orquestrando, ao lado de Daniela Mercury, o melhor que a musicalidade do Carnaval baiano pode imprimir na gente.
Acordem mídia e baianos, neste verão, todas as segundas-feiras, às 20h, na Praça Pedro Archanjo, no Pelourinho, Márcia faz festa atiçando nossas memórias e nossos corpos. E quem for lá, comprovará o presente desta estrela aqui em questão. Alcançará a beleza daquela mulher mágica musical neste estado Bahia. Verá a poesia em retrospectiva e ouvirá um dos cantos mais gostosos deste Brasil.
Chega de tanta injustiça, se é para classificar Márcia como cantora regional, que ao menos em nossa região, durante o Carnaval, ela ocupe o lugar que é seu de direito, por talento e experiência: a melhor voz que se empresta a esta festa popular, constatada como a maior do planeta Terra.
Acordem! Márcia vive e canta na Cidade da Bahia.
O sujeito encarnado
Serviço:
Evento: lançamento do livro "O sujeito encarnado - a sensibilidade como paradigma ético em Emmanuel Levinas".
Autor: Prof. Luciano Santos
Local: Palacete das Artes Rodin Bahia
Dia: 17 de dezembro ( quinta-feira) de 2009, às 19 horas
Endereço: Rua da Graça, 284, Graça
Entrada Franca ( o livro será vendido por 35 reais)
domingo, 13 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
Fome de afeição
Delicado como a palavra em Keats.
Visto de olhos fechados e,
Perdido à luz do dia.
Entremeia os espaços agudos do corpo
E o silêncio profundo da alma,
E cala boca abre peito
Enquanto um ri
O outro chora
Mergulhado em doçura e sedução.
Formas do dessentido
Que vem no prazer das mãos.
Mundo imaginativo e vencido
No calor daquele abraço.
Tudo achado num sorriso
E perdido pelas intempéries do tempo.
Saga de uma boca amante em silêncio
Ávida por afeição batendo à porta,
Entrada do desencontro.
Cenas de poemas infindos
Na réstia dos escritos por John Keats.
Sofisticação
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Centelhas femininas da arte em minha vida
Maria Bethânia
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Clarice Lispector: 89 anos
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
De mim para mim
Márcia Short canta nas segundas de janeiro: imperdível
E pra mim, que amo a voz de Short, ainda mais cantando baladas românticas, segue a letra de Amor em Órbita:
Da saudade o que mais sei
Água da vida
Deixa está, saber amar, venha cá
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Do mítico feminino europeu
Sereias são símbolos da Dinamarca. Fascínio: mulheres do poder absoluto entre o alimento do corpo e a fruição da alma. Compósitos do mistério e da imaginação humana. Elas existem. São perigosamente cantoras. Lança de muitos desejos que habita etereamente o fundo do mar. Poesia que deslinda segredos e nos faz criar. Silêncio: o mar calmo da Bahia, a Lua em luz soberana em uma noitinha nos lugares daqui; brisa sacralizando o momento; a vida sem tempo num frescor desmedido da beleza e elas dançam e cantam, são amálgamas da deusa iorubana Iemanjá.