Para
Pier Paolo Pasolini
Quanto dura uma
existência?
E quantos são meus os sonhos
Que enxerguei nas deixas de uma arte?
Nas asas vermelhas do anjo apodrecido,
No fastio da sua imensa criatividade,
No afã do nosso desejo proibido,
Na névoa desumana da nossa raça?
E quantos são meus os sonhos
Que enxerguei nas deixas de uma arte?
Nas asas vermelhas do anjo apodrecido,
No fastio da sua imensa criatividade,
No afã do nosso desejo proibido,
Na névoa desumana da nossa raça?
Tudo bem esculpido
à eternidade...
Morredouro
mesmo só o corpo
Violado e apartado do que se é
Insistindo-se sobre a história das perversidades.
Violado e apartado do que se é
Insistindo-se sobre a história das perversidades.
O que
há de sonho em mim, heim?
Eu, desumanamente infeliz e saudade
Frente ao homem que nunca morreu,
Porque nunca esteve aqui.
Eu, desumanamente infeliz e saudade
Frente ao homem que nunca morreu,
Porque nunca esteve aqui.